A Doença de Parkinson (DP) é um distúrbio neurológico progressivo causado pela degeneração de neurônios da substância negra responsáveis pela produção de dopamina, neurotransmissor relacionado principalmente com a função de coordenação dos movimentos. (Hauser & Zesiewicz, 2001).
A Organização Mundial da Saúde estima que em 2040 sejam cerca de 8 milhões de pessoas afetadas pela doença em todo o mundo. No Brasil, as projeções do Ministério da Saúde são de que existam 200 mil pacientes com Parkinson.
As manifestações clínicas da DP surgem quando pelo menos 80% das células da substância negra são acometidas. As razões da perda progressiva dessas células ainda estão sendo pesquisadas, mas as possibilidades incluem vírus, envenenamento do meio ambiente e alterações químicas do cérebro.
As características motoras da DP relacionam-se com tremor em repouso; bradicinesia (lentidão na execução de movimentos), rigidez (hipertonia plástica, acometendo a musculatura flexora, determinando alterações típicas de postura) e distúrbio de equilíbrio (decorrente da perda de reflexos de readaptação postural).
Embora haja exceções, quando pelo menos dois desses quatro tipos de sinais clínicos estão presentes, grandes são as chances do paciente ser portador da DP. (Teive, 2000).
A doença de Parkinson, atualmente não possui cura, porém, ela pode e deve ser tratada de forma a combater os sintomas e também retardar o seu progresso. Dentre os métodos de tratamento existentes atualmente estão: cirurgias, fármacos, fisioterapia, terapia ocupacional, estimulação cerebral profunda e fonoaudiologia. Além disso, muitos trabalhos demonstram que a atividade física pode contribuir para amenizar os sintomas da DP.
Dentre as principais complicações não-motoras Andrade et al, 1998, destaca:
• a hipotensão ortostática;
• distúrbios gastrointestinais (obstipação intestinal, disfagia, distúrbios de: esvaziamento gástrico, e salivação);
• distúrbios respiratórios;
• distúrbios sexuais;
• distúrbios sensitivos e dor (são predominantemente desestesicos, com parestesias, desestesias tipo "queimação", dormência e dores profundas);
• distúrbios do sono (presença de distúrbio do sono REM, da síndrome da apneia do sono, síndrome das pernas inquietas e do aumento de despertadores noturnos).
A Associação Americana de Doença de Parkinson (APDA) oferece algumas dicas para a realização de uma caminhada mais segura e prazerosa para indivíduos com DP.
1. Ao andar ou ficar de pé, os pés devem ser mantidos separados aproximadamente 25 cm e não deve se cruzar;
2. Os pés devem elevar-se de maneira exagerada para desencorajar o arrastar de pé;
3. Os dedos devem varrer o chão para se evitar tropeços;
4. A oscilação dos membros superiores deve ser exagerada;
5. O paciente deve olhar para frente e não para o chão;
6. Os passos devem tender a ser mais longos;
7. Ao se virar, o paciente deve planejar fazer um grande arco, sem cruzar os pés;
8. Quando o paciente perceber que o andar está rápido, deve-se prontamente parar em pé, voltando ao ritmo inicial;
9. A marcha pode ser reassumida com passos altos e longos.
Os homens que praticaram exercícios físicos intensos de forma regular na juventude têm menos chance de sofrer da doença de Parkinson quando comparados com os que não os praticaram. Esse é o resultado de uma pesquisa realizada por especialistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
Nos questionários eram listadas atividades como caminhada, ciclismo, natação, corrida, tênis, squash, exercícios aeróbicos, além de anotações quanto ao número de lances de escada a pé diariamente.
Procure sempre orientação médica e caso procure uma atividade física, seja a realize com orientação de um profissional da área de educação física qualificado e competente para solução destes males à saúde.
Boa sorte!!!
Prof. Especialista Alexandre Vieira
Prof. Universitário / Educação Física – Cref. 3.123
Pós-graduado em Bases Fisiológicas e Metodológicas do Treinamento Desportivo – UNIFESP
Contato: vieira76@ig.com.br
Fone: 11 - 9495-3181
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