Quando se fala em gordura, todo mundo torce o nariz e pensa em colesterol alto, aumento de peso etc. Mas nem todas as gorduras são tão ruins assim. Algumas delas são benéficas e essenciais para a nossa saúde. Com vocês, a gordura do bem: o Ômega 3.
Segundo a nutricionista Dra. Ana Paula Sivieiro, “o Ômega 3 é um ácido graxo essencial, ou seja, um tipo de gordura que vem da alimentação, não sendo produzido pelo nosso corpo.”
Dentre os benefícios do consumo de Ômega 3 podemos destacar os seguintes:
• diminuição das taxas de triglicérides e colesterol total no sangue;
• redução da pressão arterial de indivíduos com hipertensão leve;
• alteração da estrutura da membrana das células sanguíneas, tornando o sangue mais fluido.
Com tantas vantagens, o consumo de alimentos ricos em Ômega 3 tornou-se um hábito indispensável para a manutenção da boa saúde.
Os benefícios do Ômega 3 são essenciais para o funcionamento de dois órgãos importantíssimos de nosso corpo: coração e cérebro.
Os benefícios para o coração
“Cientistas confirmam que os povos que consomem regularmente mais peixe possuem uma incidência menor de doenças cardíacas, pois as gorduras Ômega 3 desempenham um papel significativo na redução de doença cardíaca coronariana”, diz o nutricionista Dr. Luís Meirelles.
Os nutricionistas afirmam que o Ômega 3 reduz a tendência das plaquetas de gordura se agregarem nas artérias (o que pode provocar aterosclerose e precipitação de ataques cardíacos). Além disso, as gorduras Ômega 3 reduzem os triglicérides, o colesterol e as reações inflamatórias.
“Os ataques cardíacos acontecem quando um acúmulo de colesterol ruim (LDL), proveniente da ingestão de gorduras ruins na dieta, como, por exemplo, a hidrogenada e saturada, são depositadas e oxidadas nas artérias, provocando uma certa “escamação” da parede do vaso sanguíneo.
Quando isso ocorre, o organismo aumenta a liberação de certas proteínas, como a apoproteína A e a fibrina, buscando reparar a lesão instalada. A apoproteína entra em ação para reparar o dano e a fibrina vai se depositando na artéria. Com o tempo, os depósitos de fibrina estreitam o diâmetro das artérias, fazendo com que o coração tenha um débito, aumentando para impulsionar o sangue ao seu destino durante o processo circulatório.
Nesse caso, o Ômega 3
evita a fixação e oxidação do LDL na parede das artérias. Diante disso, ocorre uma menor produção de apoproteína A e fibrina que se acumulariam nos vasos”, explicam os nutricionistas.
Os benefícios do Ômega 3 para o cérebro
Mais de 20% do cérebro é constituído de substâncias gordurosas que desempenham importantes funções. Por isso, a saúde do nosso cérebro depende da quantidade de gordura que ingerimos, e, principalmente, do tipo de gordura que consumimos. Ou seja, a performance mental exige um tipo específico de gordura: o Ômega 3.
“Sabe-se que o Ômega 3 é um ácido graxo estrutural da matéria cinzenta do cérebro, promovendo a comunicação entre as células nervosas, além de ajudar na construção das bainhas de mielina ao redor das fibras nervosas, permitindo assim uma melhor neurotransmissão química, o que, conseqüentemente, auxilia no monitoramento do humor e da memória”, afirma a Dra. Siviero.
Segundo o Dr. Meirelles, “as gorduras Ômega 3 são essenciais no metabolismo de prostaglandinas, que são moléculas precursoras de hormônios, entre elas os hormônios sexuais, colesterol bom e neurotransmissores.
O Ômega 3 é um nutriente essencial para o funcionamento adequado da bainha de mielina, uma estrutura presente nos neurônios que tem a função de proteger a integridade dessas células nervosas e participar do processo de envio de mensagens através dos neurotransmissores”.
O Ômega 3 cria um ambiente ideal para a troca rápida de mensagens entre as células do nosso cérebro. Se o cérebro pára de receber Ômega 3, procura se adaptar a essa deficiência. Como conseqüência, fica “preguiçoso” e as respostas passam a ser mais lentas. A repetição desse comportamento faz com que o cérebro passe a encarar esse novo estado como um novo padrão de funcionamento. Os resultados disso são problemas de memória, alterações de humor e dificuldades de aprendizado.
Estudos recentes mostram que o consumo regular de Ômega 3 ajuda a:
• melhorar a concentração;
• melhorar a memória;
• aumentar a motivação;
• melhorar as habilidades motoras;
• aumentar a velocidade de reação;
• neutralizar o estresse;
• prevenir doenças degenerativas cerebrais.
Ômega 3: onde eu encontro?
As maiores fontes de Ômega 3 são os peixes de águas frias e profundas (como, por exemplo, sardinha, salmão, cavala, atum e leão marinho), oleaginosas e óleo de linhaça, ovos enriquecidos e leite fortificado.
“Alguns estudiosos dizem que devemos consumir 1 grama/dia de óleo de peixe. Outros falam que você deve comer peixe pelo menos uma vez na semana. Mas se você consumir três vezes na semana, consegue reduzir entre 20 e 27% a incidência de doenças do coração”, afirma a Dra. Siviero.
Não pense, porém, que comer peixe diariamente é a solução para todos os seus problemas, pois qualquer excesso acarreta em prejuízos para a saúde. Por ter um alto poder de oxidação, o consumo de Ômega 3 deve ser associado à ingestão de vitaminas antioxidantes.
“As fontes de Ômega 3 que encontramos na natureza geralmente já apresentam na sua forma natural outros nutrientes antioxidantes que protegem a estrutura química do Ômega 3. No entanto, podemos associá-las ao consumo de vitamina E e selênio (brócolis, azeite extra-virgem, oleaginosas, castanha e nozes) e sucos cítricos - que são fontes de vitamina C - para que estes alimentos formem um “pool” de antioxidantes a fim de preservar a integridade da estrutura química do Ômega 3”, conclui o Dr. Meirelles.
Ômega 3 melhora o bom humor
“Como os ácidos graxos Ômega 3 participam da fabricação de prostanglandinas e estas estão relacionadas com a integridade neuronal, os neurônios são capazes de fabricar com êxito os seus mensageiros químicos e moduladores cerebrais, necessários para nos adaptarmos a diferentes sensações de prazer ou estresse. No caso, a serotonina é um dos principais neurotransmissores envolvidos no mecanismo de relaxamento e prazer e está relacionada diretamente ao bom humor.
A acetilcolina - outro neurotransmissor, associado ao processo cognitivo e memória - também é beneficiado pelo consumo de gorduras essenciais como o Ômega 3. Outros neurotransmissores, como a dopamina e noradrenalina, também participam e interagem entre si para que seja mantido um equilíbrio emocional”, explica o Dr. Meirelles.
Dra. Ana Paula Sivieiro é nutricionista formada pelo Centro Universitário São Camilo.
Dr. Luís Meirelles é nutricionista formado pela Universidade Anhembi Morumbi e tem especialização em Nutrição Clínica e Ortomolecular pelo Instituto Fapes e em Medicina Biomolecular pela Sociedade Brasileira de Medicina Biomolecular e Radicais Livres.
Fonte: transcrito da revista Viver Nutrilite (Ano 2, Número 8, Junho de 2006, páginas 8 e 9).
Dentre os benefícios do consumo de Ômega 3 podemos destacar os seguintes:
• diminuição das taxas de triglicérides e colesterol total no sangue;
• redução da pressão arterial de indivíduos com hipertensão leve;
• alteração da estrutura da membrana das células sanguíneas, tornando o sangue mais fluido.
Com tantas vantagens, o consumo de alimentos ricos em Ômega 3 tornou-se um hábito indispensável para a manutenção da boa saúde.
Os benefícios do Ômega 3 são essenciais para o funcionamento de dois órgãos importantíssimos de nosso corpo: coração e cérebro.
Os benefícios para o coração
“Cientistas confirmam que os povos que consomem regularmente mais peixe possuem uma incidência menor de doenças cardíacas, pois as gorduras Ômega 3 desempenham um papel significativo na redução de doença cardíaca coronariana”, diz o nutricionista Dr. Luís Meirelles.
Os nutricionistas afirmam que o Ômega 3 reduz a tendência das plaquetas de gordura se agregarem nas artérias (o que pode provocar aterosclerose e precipitação de ataques cardíacos). Além disso, as gorduras Ômega 3 reduzem os triglicérides, o colesterol e as reações inflamatórias.
“Os ataques cardíacos acontecem quando um acúmulo de colesterol ruim (LDL), proveniente da ingestão de gorduras ruins na dieta, como, por exemplo, a hidrogenada e saturada, são depositadas e oxidadas nas artérias, provocando uma certa “escamação” da parede do vaso sanguíneo.
Quando isso ocorre, o organismo aumenta a liberação de certas proteínas, como a apoproteína A e a fibrina, buscando reparar a lesão instalada. A apoproteína entra em ação para reparar o dano e a fibrina vai se depositando na artéria. Com o tempo, os depósitos de fibrina estreitam o diâmetro das artérias, fazendo com que o coração tenha um débito, aumentando para impulsionar o sangue ao seu destino durante o processo circulatório.
Nesse caso, o Ômega 3
evita a fixação e oxidação do LDL na parede das artérias. Diante disso, ocorre uma menor produção de apoproteína A e fibrina que se acumulariam nos vasos”, explicam os nutricionistas.
Os benefícios do Ômega 3 para o cérebro
Mais de 20% do cérebro é constituído de substâncias gordurosas que desempenham importantes funções. Por isso, a saúde do nosso cérebro depende da quantidade de gordura que ingerimos, e, principalmente, do tipo de gordura que consumimos. Ou seja, a performance mental exige um tipo específico de gordura: o Ômega 3.
“Sabe-se que o Ômega 3 é um ácido graxo estrutural da matéria cinzenta do cérebro, promovendo a comunicação entre as células nervosas, além de ajudar na construção das bainhas de mielina ao redor das fibras nervosas, permitindo assim uma melhor neurotransmissão química, o que, conseqüentemente, auxilia no monitoramento do humor e da memória”, afirma a Dra. Siviero.
Segundo o Dr. Meirelles, “as gorduras Ômega 3 são essenciais no metabolismo de prostaglandinas, que são moléculas precursoras de hormônios, entre elas os hormônios sexuais, colesterol bom e neurotransmissores.
O Ômega 3 é um nutriente essencial para o funcionamento adequado da bainha de mielina, uma estrutura presente nos neurônios que tem a função de proteger a integridade dessas células nervosas e participar do processo de envio de mensagens através dos neurotransmissores”.
O Ômega 3 cria um ambiente ideal para a troca rápida de mensagens entre as células do nosso cérebro. Se o cérebro pára de receber Ômega 3, procura se adaptar a essa deficiência. Como conseqüência, fica “preguiçoso” e as respostas passam a ser mais lentas. A repetição desse comportamento faz com que o cérebro passe a encarar esse novo estado como um novo padrão de funcionamento. Os resultados disso são problemas de memória, alterações de humor e dificuldades de aprendizado.
Estudos recentes mostram que o consumo regular de Ômega 3 ajuda a:
• melhorar a concentração;
• melhorar a memória;
• aumentar a motivação;
• melhorar as habilidades motoras;
• aumentar a velocidade de reação;
• neutralizar o estresse;
• prevenir doenças degenerativas cerebrais.
Ômega 3: onde eu encontro?
As maiores fontes de Ômega 3 são os peixes de águas frias e profundas (como, por exemplo, sardinha, salmão, cavala, atum e leão marinho), oleaginosas e óleo de linhaça, ovos enriquecidos e leite fortificado.
“Alguns estudiosos dizem que devemos consumir 1 grama/dia de óleo de peixe. Outros falam que você deve comer peixe pelo menos uma vez na semana. Mas se você consumir três vezes na semana, consegue reduzir entre 20 e 27% a incidência de doenças do coração”, afirma a Dra. Siviero.
Não pense, porém, que comer peixe diariamente é a solução para todos os seus problemas, pois qualquer excesso acarreta em prejuízos para a saúde. Por ter um alto poder de oxidação, o consumo de Ômega 3 deve ser associado à ingestão de vitaminas antioxidantes.
“As fontes de Ômega 3 que encontramos na natureza geralmente já apresentam na sua forma natural outros nutrientes antioxidantes que protegem a estrutura química do Ômega 3. No entanto, podemos associá-las ao consumo de vitamina E e selênio (brócolis, azeite extra-virgem, oleaginosas, castanha e nozes) e sucos cítricos - que são fontes de vitamina C - para que estes alimentos formem um “pool” de antioxidantes a fim de preservar a integridade da estrutura química do Ômega 3”, conclui o Dr. Meirelles.
Ômega 3 melhora o bom humor
“Como os ácidos graxos Ômega 3 participam da fabricação de prostanglandinas e estas estão relacionadas com a integridade neuronal, os neurônios são capazes de fabricar com êxito os seus mensageiros químicos e moduladores cerebrais, necessários para nos adaptarmos a diferentes sensações de prazer ou estresse. No caso, a serotonina é um dos principais neurotransmissores envolvidos no mecanismo de relaxamento e prazer e está relacionada diretamente ao bom humor.
A acetilcolina - outro neurotransmissor, associado ao processo cognitivo e memória - também é beneficiado pelo consumo de gorduras essenciais como o Ômega 3. Outros neurotransmissores, como a dopamina e noradrenalina, também participam e interagem entre si para que seja mantido um equilíbrio emocional”, explica o Dr. Meirelles.
Dra. Ana Paula Sivieiro é nutricionista formada pelo Centro Universitário São Camilo.
Dr. Luís Meirelles é nutricionista formado pela Universidade Anhembi Morumbi e tem especialização em Nutrição Clínica e Ortomolecular pelo Instituto Fapes e em Medicina Biomolecular pela Sociedade Brasileira de Medicina Biomolecular e Radicais Livres.
Fonte: transcrito da revista Viver Nutrilite (Ano 2, Número 8, Junho de 2006, páginas 8 e 9).
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