Manter uma rotina saudável, com dieta equilibrada, prática de exercícios físicos, boas noites de sono, sem cigarros e com consumo moderado de bebidas alcoólicas significa mais que optar por um estilo de vida. Na verdade, a escolha desses hábitos é uma decisão inteligente, uma medida comportamental simples que pode evitar problemas futuros, como o acidente vascular cerebral ou AVC.
De acordo com o Dr. Sérgio Ferreira de Oliveira, professor assistente e doutor da Unidade Clínica de Aterosclerose do Instituto do Coração (Incor), pode-se definir o acidente vascular cerebral como uma doença de início repentino e abrupto que resulta em lesão no cérebro. “Em 85% dos casos de AVC há uma súbita queda do fluxo sangüíneo do cérebro, e nos outros 15% ocorre hemorragia cerebral ou hemorragia entre os espaços em volta do cérebro.”
O cardiologista explica que o processo do acidente vascular cerebral pode ser causado por uma trombose nas artérias – ou seja, quando ocorre o rompimento de uma placa na parede vascular do cérebro e o vaso sangüíneo entope – ou por uma embolia, que é a saída de um coágulo do coração em direção às artérias cerebrais onde irá obstruir um vaso e ocasionar isquemia cerebral.
Entre os principais fatores de risco que predispõem à ocorrência do acidente vascular cerebral estão a elevação da pressão arterial (hipertensão) – que aumenta em quatro vezes o risco de AVC; o cigarro – que aumenta o risco em duas vezes; o diabetes – que pode elevar as chances de AVC em duas a seis vezes; o estreitamento da carótida e a fibrilação atrial, que é um tipo de arritmia cardíaca.
“Além disso, a obesidade, o colesterol elevado, pessoas sedentárias que abusam do álcool ou fazem uso de drogas, pessoas com homocisteína elevada (proteína relacionada ao aumento do risco trombótico) ou mulheres que usam anticoncepcional e fumam ao mesmo tempo também têm risco aumentando para o AVC”, acrescenta o especialista.
Segundo o Dr. Ferreira, os trabalhos realizados pelo Dr. Rui Laurenti mostram que no Brasil a incidência do acidente vascular cerebral é relevante para a saúde da população. “Entre 1980 e 1981 o AVC era responsável por 30% das causas de morte por doença cardiovascular. Entre 1985 e 1986 esse índice subiu para 34% e manteve-se assim até 1989 e 2000, quando a estatística acusou que 32,5% das mortes por doença cardiovascular eram causadas por AVC”.
O médico conta ainda que nos Estados Unidos os números do acidente vascular cerebral são mais altos. “Lá ocorrem 750 mil novos casos de morte por AVC por ano e há cerca de três milhões de pessoas vivendo com seqüelas de AVC, com limitações e complicações. Na população norte-americana negra e de origem hispânica, a incidência de AVC é duas vezes maior. Entretanto, na China e no Japão os índices são ainda mais alarmantes, porque lá as pessoas fumam mais, os fatores ambientais são piores e a dieta alimentar é rica em sal. Nesses países o AVC é a principal causa de morte”, informa o Dr. Ferreira.
De uma maneira geral, o médico diz que o risco de ocorrência de AVC dobra após os 55 anos de idade. E nos homens, no mundo todo, a incidência de AVC é 40% maior que nas mulheres, embora esse quadro esteja mudando devido ao aumento do tabagismo entre mulheres e a mudança no estilo de vida. “A mulher conta com a proteção de estrógeno na idade fértil, o que reduz o risco de doença arterial coronária e AVC, mas após os 60 anos a incidência dessas doenças aumenta bastante”, complementa.
“Esteja atento, procure regularmente um endocrinologista e um cardiologista, mantendo seus índices glicêmicos sob controle e alimentando-se corretamente.” Dr. Sérgio Ferreira de Oliveira
AVC e Diabetes
O diabetes representa um importante fator de risco para a ocorrência do acidente vascular cerebral. Segundo o Dr. Ferreira, os altos índices glicêmicos levam a pessoa ao estado de pró-trombose, pois há maior coagulação do seu sangue. “A glicemia elevada dificulta a dilatação das artérias e provoca espasmos vasculares. A aterosclerose (formação de placas) é acelerada nas pessoas com diabetes e geralmente a incidência de hipertensão arterial concomitante é muito elevada, ou seja, a maioria das pessoas com diabetes (cerca de 70%) apresenta também aumento da pressão arterial.” ·
Os dados são preocupantes, mas o problema pode sim ser prevenido e controlado. Basta que, ao saber que tem o diabetes, a pessoa procure também um cardiologista para esclarecer seu quadro, seus riscos e as medidas que deve seguir, além de realizar o controle glicêmico adequado, que já melhora, e muito, a saúde como um todo.
Para reduzir os riscos de ocorrência do AVC, o Dr. Ferreira sugere os seguintes cuidados:
• Manter a pressão arterial em até 130/85mmHg. No caso de pessoas com diabetes, em 130/80mmHg. Para isso é preciso ter uma dieta saudável e praticar exercícios físicos.
• Manter o peso constante e não engordar. Geralmente o aumento do peso também aumenta a pressão arterial.• Conservar o colesterol baixo. O LDL (colesterol ruim) não deve ultrapassar a faixa de 130mg/dl. Em pessoas com diabetes deve ficar em torno de 70mg/dl.
• Não fumar. O cigarro apenas soma riscos para a saúde.• Comer pouco e não beber destilados, licores, bebidas doces, evitar vinho branco. Vinho tinto, 2 a 3 taças por semana.
• Reduzir o estresse. Dormir bem ajuda.
• Garantir o bom controle glicêmico - hemoglobina glicada <>
De acordo com o Dr. Sérgio Ferreira de Oliveira, professor assistente e doutor da Unidade Clínica de Aterosclerose do Instituto do Coração (Incor), pode-se definir o acidente vascular cerebral como uma doença de início repentino e abrupto que resulta em lesão no cérebro. “Em 85% dos casos de AVC há uma súbita queda do fluxo sangüíneo do cérebro, e nos outros 15% ocorre hemorragia cerebral ou hemorragia entre os espaços em volta do cérebro.”
O cardiologista explica que o processo do acidente vascular cerebral pode ser causado por uma trombose nas artérias – ou seja, quando ocorre o rompimento de uma placa na parede vascular do cérebro e o vaso sangüíneo entope – ou por uma embolia, que é a saída de um coágulo do coração em direção às artérias cerebrais onde irá obstruir um vaso e ocasionar isquemia cerebral.
Entre os principais fatores de risco que predispõem à ocorrência do acidente vascular cerebral estão a elevação da pressão arterial (hipertensão) – que aumenta em quatro vezes o risco de AVC; o cigarro – que aumenta o risco em duas vezes; o diabetes – que pode elevar as chances de AVC em duas a seis vezes; o estreitamento da carótida e a fibrilação atrial, que é um tipo de arritmia cardíaca.
“Além disso, a obesidade, o colesterol elevado, pessoas sedentárias que abusam do álcool ou fazem uso de drogas, pessoas com homocisteína elevada (proteína relacionada ao aumento do risco trombótico) ou mulheres que usam anticoncepcional e fumam ao mesmo tempo também têm risco aumentando para o AVC”, acrescenta o especialista.
Segundo o Dr. Ferreira, os trabalhos realizados pelo Dr. Rui Laurenti mostram que no Brasil a incidência do acidente vascular cerebral é relevante para a saúde da população. “Entre 1980 e 1981 o AVC era responsável por 30% das causas de morte por doença cardiovascular. Entre 1985 e 1986 esse índice subiu para 34% e manteve-se assim até 1989 e 2000, quando a estatística acusou que 32,5% das mortes por doença cardiovascular eram causadas por AVC”.
O médico conta ainda que nos Estados Unidos os números do acidente vascular cerebral são mais altos. “Lá ocorrem 750 mil novos casos de morte por AVC por ano e há cerca de três milhões de pessoas vivendo com seqüelas de AVC, com limitações e complicações. Na população norte-americana negra e de origem hispânica, a incidência de AVC é duas vezes maior. Entretanto, na China e no Japão os índices são ainda mais alarmantes, porque lá as pessoas fumam mais, os fatores ambientais são piores e a dieta alimentar é rica em sal. Nesses países o AVC é a principal causa de morte”, informa o Dr. Ferreira.
De uma maneira geral, o médico diz que o risco de ocorrência de AVC dobra após os 55 anos de idade. E nos homens, no mundo todo, a incidência de AVC é 40% maior que nas mulheres, embora esse quadro esteja mudando devido ao aumento do tabagismo entre mulheres e a mudança no estilo de vida. “A mulher conta com a proteção de estrógeno na idade fértil, o que reduz o risco de doença arterial coronária e AVC, mas após os 60 anos a incidência dessas doenças aumenta bastante”, complementa.
“Esteja atento, procure regularmente um endocrinologista e um cardiologista, mantendo seus índices glicêmicos sob controle e alimentando-se corretamente.” Dr. Sérgio Ferreira de Oliveira
AVC e Diabetes
O diabetes representa um importante fator de risco para a ocorrência do acidente vascular cerebral. Segundo o Dr. Ferreira, os altos índices glicêmicos levam a pessoa ao estado de pró-trombose, pois há maior coagulação do seu sangue. “A glicemia elevada dificulta a dilatação das artérias e provoca espasmos vasculares. A aterosclerose (formação de placas) é acelerada nas pessoas com diabetes e geralmente a incidência de hipertensão arterial concomitante é muito elevada, ou seja, a maioria das pessoas com diabetes (cerca de 70%) apresenta também aumento da pressão arterial.” ·
Os dados são preocupantes, mas o problema pode sim ser prevenido e controlado. Basta que, ao saber que tem o diabetes, a pessoa procure também um cardiologista para esclarecer seu quadro, seus riscos e as medidas que deve seguir, além de realizar o controle glicêmico adequado, que já melhora, e muito, a saúde como um todo.
Para reduzir os riscos de ocorrência do AVC, o Dr. Ferreira sugere os seguintes cuidados:
• Manter a pressão arterial em até 130/85mmHg. No caso de pessoas com diabetes, em 130/80mmHg. Para isso é preciso ter uma dieta saudável e praticar exercícios físicos.
• Manter o peso constante e não engordar. Geralmente o aumento do peso também aumenta a pressão arterial.• Conservar o colesterol baixo. O LDL (colesterol ruim) não deve ultrapassar a faixa de 130mg/dl. Em pessoas com diabetes deve ficar em torno de 70mg/dl.
• Não fumar. O cigarro apenas soma riscos para a saúde.• Comer pouco e não beber destilados, licores, bebidas doces, evitar vinho branco. Vinho tinto, 2 a 3 taças por semana.
• Reduzir o estresse. Dormir bem ajuda.
• Garantir o bom controle glicêmico - hemoglobina glicada <>
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