05/07/2010 20h35
Jornal Nacional
O cérebro de Harry é de uma criança normal, de 11 anos de idade. O corpo, de um senhor de 55 anos. A Ciência ainda tenta desvendar a progéria e encontrar uma cura.O álbum de família mostra que a doença de Harry não era óbvia quando ele nasceu. Mas, com menos de um ano de idade, surgiram as primeiras manchas na pele. Aos 5, ele começou a sofrer de artrite, o cabelo ficou mais fino e cada vez mais ralo. Por fim, surgiram problemas cardíacos.
“Harry não crescia como outras crianças. Ele envelhecia”, diz a mãe. A uma velocidade assustadora: cinco vezes mais rápido. É o que acontece com quem tem essa doença rara e praticamente desconhecida chamada progéria.
O cérebro é de uma criança normal, de 11 anos de idade. O corpo, de um senhor de 55 anos. Apesar das dificuldades, Harry tem conseguido lidar com as diferenças em si mesmo. Enquanto isso, a Ciência tenta desvendar a doença e encontrar uma cura.
É por isso que a família faz questão de expor Harry e seu problema. Quer que outros doentes se descubram e façam contato, e que profissionais de outros países se interessem pelo assunto.
O médico inglês, que acompanha o menino, diz que primeiro é preciso entender os mecanismos dessa doença genética para tentar, então, parar o envelhecimento precoce.
“O que nos conforta é saber que no caso de Harry a progéria é atípica. Uma forma um pouco menos severa da doença”, diz a mãe.
O menino, por sua vez, esbanja otimismo. Diz que já tem uma namoradinha no colégio. E garante que vai se casar com ela um dia. Harry planeja ser um biólogo marinho quando crescer. Ele só lamenta não ter disposição física para praticar esportes como os coleguinhas.
“Me canso rapidamente e vivo com dores nas articulações. Sou obrigado a tomar analgésicos todos os dias”, conta Harry.
Irmão carinhoso, bom filho, aluno nota 10 e sonhador. Harry, um menino de olho no futuro, confiante na medicina.
No mundo todo, segundo os especialistas britânicos, há 63 doentes confirmados de progéria.
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