26/07/2010 - 17:24
Fonte: www.olhardireto.com.br
Da Redação - Thalita Araújo
Nos últimos 10 anos o comércio de alimentos diet e light cresceu 800% no Brasil, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Educação para o Consumo de Alimentos e Congêneres (IBCA). Ainda assim, existem muitos consumidores que não detêm informações adequadas sobre esses tipos de alimentos.
É equivocada a idéia de que os produtos diet são apenas aqueles sem açúcar, e os light os que têm menos calorias. E há muitas dúvidas sobre os benefícios de cada um. Para aqueles que necessitam de uma dieta específica, é sempre importante consultar um profissional médico ou nutricionista.
Para aqueles que, por questões de saúde ou para manter a forma, gostam de incluir os alimentos diet e light no cardápio, seguem algumas informações úteis da Sociedade Brasileira de Diabetes:
A diferença entre light e diet
A Portaria 29/98 do Ministério da Saúde estabelece o regulamento técnico para fixação de identidade e qualidade de alimentos para fins especiais. O termo diet pode ser usado nos alimentos para dietas com restrição de nutrientes (carboidratos, gorduras, proteínas, sódio, e em geral são próprios para públicos específicos, como diabéticos, celíacos ou hipertensos) e nos alimentos para dietas com ingestão controlada de calorias (para manutenção, perda ou aumento de peso ou controle de açúcares).
Os alimentos para dietas controladas não podem ter a adição de nutriente, mas podem contê-lo naturalmente. Por exemplo, em uma geléia de frutas diet, para quem faz uma dieta com ingestão controlada de açúcar, é permitida a existência do açúcar natural do alimento, a frutose.
Os alimentos restritos em carboidratos (como pão ou chocolate diet) ou gorduras (iogurte desnatado, por exemplo) podem conter, no máximo, a adição de 0,5g do nutriente por 100g do produto. Já os alimentos restritos em proteínas devem ser totalmente isentos. Sendo assim, pode-se definir alimento diet como o produto isento ou praticamente isento de um nutriente específico.
Já a definição de alimento light deve ser empregada nos produtos que apresentem redução mínima de 25% em determinado nutriente ou em calorias, se comparado com o alimento convencional.
Para que ocorra a redução de calorias é necessário que haja a diminuição no teor de algum nutriente energético (carboidrato, gordura ou proteína). Assim, a redução de um nutriente não energético (por exemplo, de sódio no sal light) não interfere na quantidade de calorias do alimento.
Bebidas
De acordo com a Instrução Normativa 29/99 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, bebida dietética (diet) é a que possui teor de açúcar menor que 0,5g/100ml, mas esse limite pode ser maior nos refrigerantes dietéticos quando proveniente da adição de suco de fruta. Já bebida de baixa caloria (light) é aquela cujo conteúdo de açúcares é substituído por edulcorante natural ou artificial e cujo teor calórico não ultrapassa 20kcal/100ml.
Dicas
Para evitar confusão, é importante ler os rótulos dos produtos light e diet e compará-los com o alimento convencional, para verificar se eles atendem às necessidades e objetivos de quem vai consumi-los.
Nem todos os alimentos diet apresentam diminuição significativa na quantidade de calorias. Isso vai depender do nutriente que foi retirado e do que o substituiu. Por exemplo, o chocolate diet pode ser consumido por quem tem intolerância ou restrição ao açúcar, como os diabéticos, mas para emagrecer não é indicado, pois pode ter quantidade de gordura igual ou maior do que o convencional.
Infinidade
Atualmente é comum se encontrar uma grande diversidade de produtos nas linhas diet e light, e os supermercado têm até mesmo gôndolas específicas para tais produtos. Nos supermercados da Rede Comper, por exemplo, em Cuiabá, podem ser encontrados produtos como geleias, doces, achocolatados, bolos, bolachas, iogurtes, massas, pães, margarinas, molhos, sucos e vários outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário